A vida de Santa Clara
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Ardente Amor ao Crucificado
Confiando na presença do Senhor e no sacrário e no ostensório, Clara conseguiu expulsar os sarracenos de seu convento. Normal que uma filha de São Francisco tivesse especial carinho para com a Eucaristia. Segundo Tomás de Celano, em a Legenda de Santa Clara, Clara “ensinava as noviças a chorar o crucificado dando junto o exemplo do que dizia. Muitas vezes, ao exortá-las a isso em particular, vinham-lhe as lágrimas antes de acabarem as palavras”. Muitas horas, ela passava diante do Santíssimo. Eram confidências feitas ao esposo tão próximo sob as aparências do pão imaculado. Francisco insistia sempre que houvesse muito cuidado para com as coisas do altar. Queria que tudo fosse impecável quando destinava a tocar o corpo e o sangue do Senhor Jesus. Celano conta melhor: “Quão grande foi o devoto amor de Clara pelo Sacramento do Altar demonstram-nos os fatos. Durante a grave doença que a prendeu à cama, fazia-se erguer e sustentar colocando apoios. Assim, sentada, fiava panos finíssimos, com os quais fez mais de cinqüenta jogos de corporais que, colocados dentro de bolsas de seda ou de púrpura, destinava a diversas igrejas do vale e das montanhas de Assis”. As contemplativas, como é o caso das Irmãs de Santa Clara, têm como centro de sua vida religiosa a Capela do Santíssimo.